Criado em 1999, o FIES é uma importante iniciativa de ampliação do acesso ao ensino superior patrocinada pelo Governo Federal.
Muita gente busca um financiamento estudantil do FIES para realizar o sonho de cursar uma boa faculdade. A iniciativa, capitaneada pelo governo federal, tem o objetivo de ampliar o acesso da população de baixa renda ao ensino superior. Mas será que o programa também abre portas para quem está com o nome no SPC (Serviço de Proteção ao Crédito)?
Uma pesquisa recente do próprio SPC revela que hoje mais de 60 milhões de brasileiros estão com o nome sujo na praça. É algo que pode acontecer com qualquer um de nós.
Trata-se de um financiamento estudantil para ajudar a pagar a universidade particular com juros muito mais baixos do que os praticados no mercado e com um prazo mais dilatado para quitação. Uma outra coisa vantajosa é que o aluno só começa a pagar a dívida do FIES depois de formado.
Ele é uma modalidade de financiamento (e não um programa de bolsas, como o ProUni), o FIES estipula que, em um prazo determinado, o estudante devolva o valor das mensalidades para o Governo. Todas as regras ficam estipuladas no contrato que o estudante assina no banco, depois de apresentar a documentação necessária.
Precisa ter o nome limpo para fazer o FIES?
Até o ano de 2012, os candidato ao FIES precisava comprovar a “idoneidade cadastral” para se inscrever no programa. Trocando em miúdos, só quem tivesse o nome limpo podia participar do FIES e os estudantes que apresentassem alguma restrição de cadastro não conseguiam nem se inscrever.
Por entender que essa regra impedia a inclusão de muitos estudantes no ensino superior, principalmente os que mais necessitavam de ajuda para pagar a faculdade, o MEC derrubou essa exigência, permitindo que estudantes “com o nome sujo no SPC e SERASA” também participassem do FIES.
Desde 2013, desta maneira, o candidato ao FIES não precisa mais comprovar a “idoneidade cadastral” para se inscrever no programa e quem tem restrição de crédito (nome sujo) continua impedido de usar os mecanismos de fiança solidária ou convencional, mas pode optar por usar o Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo (FGEDUC) como fiador do contrato.
Como usar o Fundo Garantidor (FGEDUC) como fiador do FIES?
A partir de 2014, o candidato ao FIES que tivesse o nome sujo só pode usar o FGEDUC se a faculdade tiver aderido a essa modalidade de financiamento.
Essa opção só pode ser feita no momento da inscrição e está restrita aos estudantes que se encaixarem nos seguintes casos:
- Estudante matriculado em cursos de licenciatura.
- Estudante com renda familiar mensal per capita de até um salário mínimo e meio.
- Bolsista parcial do Programa Universidade para Todos (ProUni) que opte por inscrição no FIES no mesmo curso em que é beneficiário da bolsa.
Existe também um caso de “nome sujo” que impede o estudante de pedir o FIES: quem estiver inadimplente com o Programa de Crédito Educativo (PCE/CREDUC). Ou seja, quem tiver dívida no PCE/CREDUC está fora do programa e não pode nem usar o Fundo Garantidor.
Apesar de não ser um impeditivo para pedir o FIES, quem tem o nome sujo deve ficar atento às regras do Programa. A partir de 2015, o Ministério da Educação (MEC) começou a realizar uma série de mudanças no FIES, com novas exigências, prazos de inscrição, taxas de juros e cálculos do financiamento. Na dúvida, informe-se em sua faculdade e em um dos dois bancos autorizados pelo MEC a fazer contratos do FIES: Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.
Quem está com nome no SPC e SERASA pode participar do FIES?
Aqui temos uma boa notícia: sim, quem está com o nome no SPC e SERASA pode participar do FIES normalmente.
O Ministério da Educação (MEC) liberou a participação no FIES para as pessoas com nome no SPC e SERASA por entender que elas estão entre as que mais precisam do financiamento.
Mas embora a participação seja liberada, é preciso muita atenção às restrições.
Quem está com o nome sujo só pode entrar na disputa por um FIES se atender a uma das seguintes condições:
• Estiver solicitando o financiamento em algum curso de licenciatura.
• Comprovar renda familiar bruta mensal de até um salário mínimo e meio por
pessoa.
• Já for bolsista parcial do ProUni e estiver solicitando o FIES para financiar
a outra parte do mesmo curso onde tem bolsa.
O candidato que estiver com o nome no SPC fará o processo seletivo normalmente,
junto com os outros participantes.
Caso seja pré-aprovado, terá que dar prosseguimento a uma série de burocracias que envolvem novos cadastros e comprovações de informações. Só na última etapa, de assinatura do contrato no banco, o candidato terá que lidar com a questão do nome sujo.
É que o FIES exige que os candidatos apresentem um fiador – uma garantia de que a dívida será quitada no futuro. Para os participantes sem restrição de crédito (com o nome limpo) existem duas opções: o fiador comum ou a fiança solidária, que é um grupo de fiadores.
Para que está com nome no SPC (com o nome sujo) a dinâmica é diferente. Só existe uma opção de fiança, chamada Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo (FGEDUC) ou Fundo Garantidor.
Para obter o FIES com ajuda do Fundo Garantidor é preciso que a faculdade tenha aderido a essa modalidade – uma espécie de “risco compartilhado” entre as instituições de ensino e o banco.
Por isso, antes de participar do FIES, é fundamental se informar a esse respeito!
O FIES é totalmente vetado àqueles que estão em débito com o Programa de Crédito Educativo (PCE/CREDUC) do Governo Federal. Nesse caso não há colher de chá.
Mesmo assim não conseguir o FIES, existe outros financiamentos estudantis?
Crédito universitário Bradesco
Este crédito do Banco Bradesco é ofertado para alunos de instituições superiores que estão com dificuldade de pagar o alto valor das mensalidades, dando um auxílio ao estudante e lhe disponibilizando uma condição de financiamento. No Bradesco, é possível financiar em até 12 vezes 100% do valor semestral do curso, o juros cobrado depende do acordo entre banco e universidade.
Crédito PRAVALER
O crédito Universitário PRAVALER, os alunos contam com condições facilitadas para o pagamento das mensalidades, tendo também a possibilidade de facilitação no pagamento inclusive das mensalidades que estão em atraso. Para solicitar basta comprovar renda no mínimo 2,5 vezes maior que a mensalidade ou apresentar fiador que cumpra com o requisito. É possível financiar todas as mensalidades, mas o pagamento deve ser feito num prazo de até duas vezes a duração do curso, ou seja, um estudante matriculado num curso de 4 anos, poderá pagar a faculdade em até 8 anos (quatro anos durante e quatro após concluir).
Crédito Santander
Apesar de não oferecer opção de financiamento para o valor total do curso, o Santander auxilia estudantes que não tem condições de arcar com as despesas extras da faculdade, como a compra de livros, apostilas, notebook e até mesmo o valor de matrícula e rematrícula. O universitário pode solicitar o crédito no valor de 2 mil reais em qualquer agência e pagar o valor parcelado em até 36 vezes.
Financiamento na universidade
Após os cortes de vagas do FIES, algumas universidades desenvolveram condições de pagamento especiais para alunos que não conseguiram realizar a renovação do contrato ou tiveram o benefício negado por mais de uma vez. Para saber se a instituição em que você está matriculado conta com essa facilidade, se informe na secretaria da universidade.
Vocês podem está procurando na internet por crédito pra quem tem nome sujo, e irão encontrar uma série de instituições que fazem esse tipo de empréstimo. Boa sorte!